sábado, 5 de junho de 2010

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Você parou na minha frente. E eu pensei que você me daria, um daqueles beijos, que tiravam o meu fôlego.

"Eu não quero mais você."

Meu corpo automaticamente congelou. Era mais que obvio, que você não me queria. Olha pra mim. Que garota mais insignificante. Sem brilho, sem beleza, sem essência. Agora olha pra você. Não sei o que falar. Um Deus humanizado. Em meio de todas as palavras que já ouvi. De todas que aprendi durante esses anos, só uma pode sair da minha boca.

"Okay"

E você se foi. Andando lentamente pra cada vez mais longe de mim. Me mantive forte, para o caso de você olhar pra traz. Se olhasse, eu ia estar aqui, com uma cara de felicidade. Mas você não olhou. Ai, quando você já tinha desaparecido, para minha dor, eu ajoelhei no chão e me entreguei. Eu NUNCA chorei tanto na minha vida.
Era um vazio tão grande no meu peito, que eu achava que fosse morrer. Parecia que todos os meus órgãos, tinham desaparecido, e a dor tinha inexplicavelmente ocupado o lugar. Eu não conseguia respirar, porque os soluços não deixavam. Não conseguia ficar de pé, porque minhas pernas não existiam mais. Agora eu era pontinho de dor no vácuo. Ali sem motivo, sem rumo. Eu gritava em desespero. Só lembro de alguém me envolvendo nos braços, dizendo que tudo ia estar melhor quando amanhecesse. Mas não melhorou. Eu nem se quer dormi. Aquela foi a noite mais difícil da minha vida. Todas as noites continuam sendo. Você não voltou mais. Continua aqui, não me deixando ser feliz. Até quando?

Eu sei a resposta.



Cristina



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