No meio da multidão, você me parecia um astro de rock.

Claro, que se aquela fosse a primeira vez que te via,

você só ia parecer mais um garoto entre tantos.

Mas naquele momento no meio de tantas pessoas,

o seu ar ocupava mais espaço, era egoísta.

Roubava o meu, pra ir não sei onde.

Ali, te olhando fazer pose de galã enquanto olhava para as meninas,

me dava vontade de rir.

Você achava que podia conseguir qualquer garota,

mas só conseguia a mim.

Elas te olhavam com um ar de desprezo,

(e você se achando)

elas jamais ficariam com alguém como você.

Mas eu daria o mundo pra isso.

Quando você me olhou e me chamou,

quase sai correndo para não passar vergonha.

Mas você era irresistível, e eu não pude evitar,

já estava do seu lado.

Quase te pedi um autografo para esse galã,

mas acho que você não ia entender.

Você não tinha dom nenhum,

e não ser me deixar nervosa.

Sua voz me fazia um bem,

que eu poderia morrer ali, te ouvindo.

Mas eu não sei porque, não era a hora certa.

Ainda tínhamos história.

Cristina