sábado, 13 de fevereiro de 2010

Talvez seja só um problema. Talvez eu esteja vendo as coisas muito maiores do que elas são. Ou talvez elas realmente sejam grandes demais e eu não quero enxergar. Será que o amor bate duas vezes na mesma porta? Por que se bater, eu não vou querer ter que disfarçar de novo. Não vou querer ter que dizer pra todo mundo que estou bem, sendo que na verdade estou em pedaços. E que a cada dia eles doem mais.

Esse filme eu já assisti, e no final, tudo deu errado. No final, eu acabava sozinha, e como sempre a culpada. No final, eu chorava até que não restasse mais lagrimas, e meus pulmões já não conseguissem receber mais ar. Chorava como uma criança querendo o colo da mãe. Porque ela sabe que lá ninguém irá atingi-la. Ninguém ira machuca-la. Ela sabe que esquece do mundo. Esquece até mesmo da dor, que não suportava mais.
O melhor lugar do mundo.
Se somos seres humanos, temos o poder de amar, de perdoar, de sentir, porque não podemos mostrar ao mundo? Porque cada vez mais escondo, pelo medo. Medo de sofrer de novo. Medo de não ter mais o meu melhor lugar do mundo. Medo que ele se vá. Medo de nunca mais vê-lo. Medo. Até mesmo de amá-lo.
Mais uma vez o filme esta passando. Mais uma vez estou no mesmo personagem, que no final conhece a saudade. E mais uma vez, agora mais do que nunca, não consigo fazer com que essa historia mude de rumo. Só o que consigo é escrever. Um roteiro repetido. Uma historia que parece ser apenas mais uma. Mais que pra mim é a mais importante. Pois é a minha.
Quando se esta bem, é muito fácil dizer, que a vida é pra viver, que só se deve gostar de quem também gosta de você. Mais a partir do momento que se gosta de uma pessoa e ela não, essa conversa muda. Já não interessa os outros. Já não interessa onde você esta. Você simplesmente quer que ele esteja lá. Com ou sem você. Só a vista, para que se possa contemplar a lua nos olhos dele. Para que se possa ao menos saber como deve ser o melhor lugar do mundo. O lugar que se espera nunca mais sair.
Porque você sabe que ninguém ira atingi-la. Ninguém irá machucá-la. E sabe também que lá você esquece do mundo. Esquece até mesmo da dor que já não suportava mais sentir.


Cristina

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