sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Ao bater em minha porta, eu já sabia que era você.
Ao abrir a porta, eu já sabia o que ia me dizer.
Você iria me deixar. Para sempre.
Eu não era o amor que você tanto queria, então foi a procura.
E eu, diante dos seus pés, sobre os meus joelhos, chorei, roguei, implorei, para que não fosse.
Mas num segundo, você não estava mais ali.
Minha vida tinha se tornado um nada.
O ar parecia tóxico, a as lágrimas cacos de vidro. Doía. E doía.
Bebi veneno, mas não obtive resultado.
Pensei em me jogar da janela, mas eu ia conseguir no máximo, uma perna quebrada.
Pensei em me cortar, mas era muito medrosa pra isso.
Sai. Fui pra rua. Era um domingo, e estava tudo fechado.
Queria me jogar de uma ponte, mas não tem pontes por aqui.

Cristina

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