quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A coma might feel better than this,

Vai e volta. Cresce e diminui. Me conforta, e me deixa acabada. Tento me colocar no meu devido lugar, mas sempre há pequenas partes, que insiste em dizer que eu sou a culpada. Eu sei que não sou, não quero ficar me diminuindo mais do que já estou, mas tudo está muito difícil de se fazer últimamente. Tudo dói, tudo dá preguiça. Tenho pesadelos terríveis, e ao acordar, me dou conta de que eram melhores do que isto. Tenho medo de levantar, e ver a realidade. Por isso estou trancada em um mundo todo meu. Onde eu posso contar e repetir as mesmas histórias. Onde não há julgamentos, e tudo é possível. Lá, eu até que sou feliz. Mas toda vez que tenho que fazer essa transição para o mundo real, fico assim. Insuportávelmente triste. Deve ser por isso que passo cada vez mais tempo lá. Acho que estou ficando louca, de verdade. Ouço um "você está estranha" pelo menos três vezes ao dia. E essa passagem para o outro mundo, está começando a ser feita em público, e é por isso que estou preocupada. Mas tenho o doloroso pressentimento, de que não vou conseguir sobreviver nesse mundo real. Por isso acho que estou partindo, aos poucos. São pequenos os momentos que sou capaz de ficar aqui, por isso estou registrando logo. Eu não vou sobreviver, eu sinto isso.

(Ouvindo Waiting...)

Cristina

Um comentário:

  1. Realmente parece que me descreveu.
    Mas fica cada vez mas difícil, me trancar no meu mundo, e ver o motivo da minha tristeza, e da minha inquietador todos os dias.
    Eu costumo dizer que essas coisas passam, mais... é quem sabe.

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