Hoje acordei com algo estranho no estômago, algo que me enjoava, fazia doer. Não era apenas uma coisa física, era algo que incomodava a alma deixando-a agitada. Não quis levantar, achei que se dormisse mais um pouco isso iria passar. Não consegui dormir e não passou. Parecia ressaca e eu não tinha certeza do que havia acontecido na noite passada. Estava tonta, desci as escadas quase caindo. Liguei a TV e enquanto ouvia as notícias sobre o transito tomei três canecas de café, tentando acordar meu cérebro pra procurar saber o porque do meu estado péssimo.
A casa estava vazia e ainda era nove horas. O Sol não havia aparecido para me aquecer, nenhum deles. Subi, e só depois de realmente acordar vi papeis rasgados no chão. Automaticamente minha cabeça explodiu, foi ai que descobri o motivo das minhas dores e da amnésia. Sem pensar em nada, peguei meus óculos e fui caminhar. Andei até chegar a um lugar repleto de árvores, sentei no chão. Aquele som do vento nas copas das árvores era como uma anestesia, eu me sentia leve parecia que podia flutuar. Não queria sair dali e tinha começado a chover, deixei então que a água da chuva, e a que estava dentro de mim, levasse todo esse peso ao meu redor que bloqueava meu riso. Ajudou, mas ao chegar em casa havia outra carta na caixa de correios e eu tinha certeza que era sua.
Cristina
Muito bom.
ResponderExcluirE talvez não, você mesma já disse que não,
mais lá no fundo acho que sempre tem um significado pra nós mesmos, mesmo a palavras não dizerem com clareza . Sei lá, é minha opnião