terça-feira, 26 de junho de 2012

 As coisas não são como nós querermos, nunca. E as tentativas estão decepcionantes, ou surpreendentes, um pouco dos dois. Os desabafos entrelinhas, constantes.
 
Eu não o amo mais. Simples, difícil, aliviador, sufocante, mas no fim da noite, um tanto apavorante. Talvez eu tenha descoberto isso ontem, ou há dez minutos atrás, ou há uma semana, um mês. Ou simplesmente no dia que em que te vi pela última vez. Eu sinceramente não sei e eu do fundo do coração te desejo só coisas boas, e talvez seja por isso que eu venho negado milhares de coisas para mim mesma, porque você foi absolutamente tudo sendo nada, posso estar sendo precipitada nas palavras, mas é só que eu não quero perder isso, talvez eu use todas as palavras erradas possíveis, mas é que eu realmente não quero deixar passar em branco o que eu estou sentindo agora. Porque é absolutamente tudo o que eu mais tive medo de sentir esse anos. E sabia que ia chegar, e sabia que ia ser assim, tão aparentemente aceitável. Tudo tão claro, que chega a embaçar os olhos, ou os pensamentos. 
 Talvez, (e esses 'talvez' intermináveis) amanhã eu acorde e pense diferente, ou melhor, pense exatamente como pensei nos últimos anos e talvez até me culpe por ter tido a ousadia de achar que você tinha ido embora, me culpe por ter dado esperanças a mim mesma. Mas nada é certo, nem mesmo você, e gostaria mesmo de saber o porquê dos textos me dirigindo a você, sempre, sempre você. Dizendo tudo e não dizendo nada, me inspirando para cada palavra milimetricamente pensada. Você, você e você.
     
Mas se eu morresse assim agora, seria curioso e bonito de certo modo, eu morrer no dia em que descubro que não o amo mais. Então a frese "Amar é viver e vivo porque amo você" faria absolutamente todo o sentido. Essa frase eu vi por toda a minha vida nos papéis pelo cantos que minha mãe deixava. Ela escrevia essa frase e depois o nome do meu pai, achava bonito aquilo, bonito e triste. O amor é um calculo matemático resolvido errado, e não é corrigido por opção propria. Qual a vida que não tem errinhos/defeitos? Então melhor, reformulando " a vida é um calculo matemático" só, o calculo que iremos passar a vida inteira tentando resolver . E o resultado serão nossos sonhos. Mas é preciso tomar cuidado, pois o calculo é elaborado da forma que cada um tem mais dificuldade. Dificuldade, medo, raiva, isso nunca vai faltar. E então iremos ter q escolher de q forma iremos resolver nosso calculo. Do jeito certo ou fácil. 
 Mas se eu morresse hoje, agora, seria curioso e bonito saber q eu vivi o amor. Vivi por amor.

Camila Martins

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