terça-feira, 30 de outubro de 2012

Pterodáctilo



Estou escrevendo porque tem pterodáctilos no meu estomago, borboletas fazem cócegas mas isso dói. Estou escrevendo porque eu abri a janela. Estou escrevendo porque meu coração bate muito forte há umas duas horas. Estou digitando na verdade. Escrever verdadeiramente é no papel.
Estou digitando porque meu caderno já está empanturrado de textos passados. Estou digitando enquanto espero a bel me trazer outro caderno de folhas recicladas. Estou digitando porque meu coração ainda bate forte. Tão forte quanto o bater de asas dos pterodáctilos. Estou digitando porque você me permitiu.
Estou toda misturada, meu estomago bate e meu coração fica em silencio. Meu corpo pensa e minha mente age. Você precisa de um café, e eu preciso te ver. Eu preciso te ver pra você vir como um meteoro e explodir em mim. Pra extinguir os pterodáctilos em mim. Pra me destruir e me dar a chance de começar de novo.
Estou digitando porque você está escolhendo o bar que vai me levar. Estou digitando porque eu ouvi uma unica musica compulsivamente hoje. Estou digitando enquanto espero a sua resposta, enquanto existe a certeza de possibilidade, enquanto você pensa. Estou digitando enquanto eu ainda posso te ver passar sem você me ignorar.
Minha respiração não é suficiente para os pterodáctilos. Estão famintos, comendo as paredes do meu estomago como a pior das gastrites. O que me faz temer te ver. O que me faz pensar em como eles ficarão quando avistarem algo desconhecido vindo do céu, o quanto eles ficarão agitados. Tentarão se esconder atras dos pulmões impedindo a passagem suficiente de ar, e atras do coração. O músculo pulsante, ficará tão apertado pela falta de espaço que sairá pela boca. Mas o meteoro vem, assim como está escrito nos livros de escola.




Meu mesmo

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